sábado, 10 de janeiro de 2009

SINAIS DE UM DIA DE 01 a 10 JAN 2009

INTERNACIONAL


Guerra em Gaza sem fim fácil à vista

A operação militar terrestre de Telavive contra o Hamas, na Faixa de Gaza, está no segundo dia e aumenta a trágica contabilidade de vítimas, que já ultrapassou os 500 mortos. Esta é uma guerra tão esperada quanto dramática. E ainda sem fim à vista: nem a curto, nem a médio, nem a longo prazo.

Porque está aqui a desenhar-se uma equação difícil. Como disse a ministra dos Negócios Estrangeiros israelita, Tzipi Livni, na sua recente visita a Paris, "não há dúvida de que, enquanto o Hamas controlar Gaza, isso é um problema para Israel, para os palestinianos e para toda a região."

Ora, do que se tem visto, não há ninguém, nem os próprios palestinianos que possam estar mais de acordo com a Fatah, que tenha o poder de retirar o Hamas do poder, em Gaza. Sequer de pressionar o movimento (que nem tem todos os apoios na zona, dividindo-os com os seus arqui-inimigos da Fatah). Mais: provavelmente, quando Israel retirar do território - e já disse que não fazia tenção de o ocupar -, o Hamas irá ganhar um reconhecimento tácito (precisamente por Israel retirar assumindo que é o movimento que está no poder). E este reconhecimento será tão mais forte quanto de um cessar-fogo permanente resultar o abrandamento das sanções e a melhoria das condições de vida dos palestinianos, que será atribuída, para consumo interno, ao próprio Hamas.

A situação diplomática internacional também não dá grande ajuda. Ainda ontem, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar um texto que pedia o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, com ambos os beligerantes, Israel e Hamas, referidos no documento.

A diplomacia europeia (em mudança) já cometeu uma gaffe diplomática: o porta-voz da presidência checa da UE definiu a operação militar israelita como sendo "defensiva". Algumas críticas depois, a presidência apressou-se a emendar, com uma declaração mais crítica para o lado israelita..., mas era tarde. A diplomacia europeia mostrou novamente a sua inexistência.

E volta a acontecer o que sempre aconteceu quando há problemas nesta zona do globo: as ruas enchem-se de manifestações, mas não há verdadeiro obstáculo político à continuação da guerra. De um e de outro lado. Nenhum dos grandes agentes políticos mundiais pesa nas decisões desta parte do globo. Porque verdadeiramente há só um país que Israel aceita ouvir e o mundo árabe teme: os Estados Unidos, esses, em plena transição. Barack Obama continua a trabalhar no programa económico, mas sobre a crise de Gaza recusa-se a dizer uma palavra.

Sabemos apenas que Obama continua "atento" à situação. Deverá estar mesmo muito atento, pois será uma das mais difíceis que herdará. E será uma batata quente. Ou um desastre humanitário. in DN



Retrato de Obama

EUA: National Portrait Gallery adquire retrato de Obama feito por artista de rua.
Um retrato de Barak Obama, feito pelo designer gráfico Shepard Fairey durante a campanha do então candidato democrata norte-americano, vai integrar a colecção permanente da National Portrait Gallery dos Estados Unidos.
De acordo com a BBC, a galeria, sediada em Washington, adquiriu o retrato e poderá exibi-lo no a 20 de Janeiro, dia da tomada de posse de Barak Obama como presidente dos Estados Unidos.
O retrato de Obama, feito em stencil com os tons da bandeira dos Estados Unidos, foi um dos mais divulgados em 2008 por ocasião da campanha do candidato democrata à Casa Branca. in DN


Corte de gás russo agrava crise política ucraniana

A quebra no abastecimento de gás natural russo à Ucrânia chega na pior altura para este país, quando as forças políticas não se entendem sobre as eleições antecipadas e a economia bateu no fundo. Foi precisa uma intervenção do FMI para salvar a moeda e o PIB caiu 14% em 2008
Vários países da União Europeia, incluindo Polónia e Roménia, estavam ontem a sofrer quebras no abastecimento de gás natural, apesar de não terem nada a ver com o conflito entre o monopólio estatal russo, Gazprom, e a Ucrânia. Um diferendo em torno dos preços levou a Gazprom a interromper no dia 1 o fornecimento da matéria-prima aos ucranianos, decisão que ameaça agravar a profunda crise política e económica local. in DN

NACIONAL


Neve encantou mas bloqueou as estradas de todo o País

Temperaturas vão continuar baixas e até pode nevar em Lisboa e no Litoral.
Várias escolas de norte a sul tiveram de ser encerradas. Centenas de alunos e idosos foram resgatados de autocarros atolados na neve, várias escolas tiveram de ser fechadas e muitas povoações ficaram isoladas. O cenário provocado pelo mau tempo deixou estradas cortadas e o transito caótico em muitas localidades do Norte e Centro, prevendo-se um agravamento durante a noite. Aliás, estava previsto que a neve, que caiu no Porto e Santo Tirso, chegasse esta madrugada ou durante o dia de hoje a Lisboa e a todo o litoral Sul do país.
A neve surpreendeu ontem os habitantes de várias localidades. Em Viseu, duas centenas de alunos de escolas de Castro Daire tiveram que ser resgatados em viaturas todo o terreno dos bombeiros devido ao forte nevão no maciço da Gralheira e vários automobilistas da região foram evacuados de carros atolados pelo gelo.
A neve e o gelo obrigaram ao encerramento de escolas em muitas regiões do Norte , não só devido ás dificuldades de acesso mas também de forma a prevenir congestionamentos. Até em Bragança, habituada ao frio, a protecção civil mandou os alunos para casa.
Houve corte corte de estradas em oito distritos do país. Em Vila Real, Viana do Castelo, Braga, Bragança, Porto, Castelo Branco, Viseu e Aveiro o mau tempo provocou enormes dificuldades no trânsito. o trânsito.
A neve que regressou a Trás-os-Montes, e juntamente com gelo, que há vários dias permanece em várias localidades, deixou as estradas intransitáveis e com o arrefecimento nocturno a tendência é para piorar.
Há mais de 14 anos que não nevava na cidade de Braga, que acordou "vestida" de branco. E inesperadamente chegou também em força a quatro concelhos de Viana do Castelo. A cidade de Viana foi brindada com tímidos flocos, em Paredes de Coura, o manto de neve chegou a ter mais de 50 centímetros de altura. in DN


Realismo de Cavaco Silva para 'acordar' os políticos

Ontem o Presidente voltou a falar ao País, pela segunda vez esta semana, facto inédito justificado pela questiúncula do Estatuto dos Açores. Ontem foi a habitual mensagem de Ano Novo. Entretanto, Cavaco Silva tinha sido duplamente notícia, nesta semana sem elas, ao promulgar a avaliação simplificada, e o tão esperado Orçamento do Estado. O Presidente fez um claro diagnóstico da grave situação portuguesa, sem paninhos quentes. Fazendo especial referência aos pequenos comerciantes, aos agricultores e às vítimas precoces da crise, que viram os rendimentos reduzidos, alertou para problemas estruturais como a dependência do exterior e a fraca produtividade. E embora não tenha utilizado um estilo claro, que explicasse a todos e a cada um o que os portugueses podem fazer pelo seu país, não deixou de avisar, qual professor de economia, que estas duas situações são muito graves. in DN

ECONOMIA


Pedro Líbano Monteiro abandona Banco Primus

Banca. Instituição apostou desde o início no crédito hipotecário. Pedro Líbano Monteiro deixou o sector bancário, renunciando ao cargo de chairman (presidente do conselho de administração) do Banco Primus, soube o DN. Esta decisão foi tomada após ter sido concluída a venda de parte do capital detido pelos accionistas portugueses ao parceiro francês, o Crédit Foncier, que, assim, passou a deter 85% da instituição. O processo de negociação foi conduzido por Líbano Monteiro. João Cunha Rosa, presidente executivo do Primus, ficou com os restantes 15%.
O agora ex-chairman esperou pelo fecho do exercício de 2008 para apresentar a sua renúncia, com efeitos a partir de 31 de Dezembro último. Contactado pelo DN, Pedro Líbano Monteiro disse que este "é um ciclo que se fecha na minha vida profissional". "A criação e desenvolvimento do Banco Primus foi um projecto gratificante para mim e para os ex-accionistas portugueses", acrescentou. Quanto ao seu futuro, o ex-banqueiro preferiu não adiantar pormenores. in DN


Prestação da casa está 133 euros mais barata

Taxas Euribor. A queda acentuada dos juros, desde Outubro último, levou as taxas do crédito à habitação para valores mais baixos dos últimos dois anos e meio. Estes indexantes fecham o ano com valores médios na casa dos 3,3%, com os portugueses a registarem reduções nas suas prestações. Quem contraiu um crédito à habitação em Dezembro do ano passado, e caso a sua prestação seja revista ao longo de Janeiro, deverá ver o seu encargo mensal reduzir-se cerca de 130 euros, uma queda de 15% face a Dezembro de 2007, devido à redução dos juros. Isto para um empréstimo de 150 mil euros, a 30 anos. in DN

DESPORTO



Argentina reforça segurança para o rali

Dakar 2009. Prova de todo-o-terreno começa no sábado
O Rali Dakar 2009, que começa no sábado, realiza-se pela primeira vez na América do Sul e marca o regresso da competição depois do cancelamento em Lisboa, no início deste ano, devido às ameaças terroristas na Mauritânia.
Um ano depois da paragem forçada, Buenos Aires, capital do tango, sucede a Lisboa, capital do fado, como local de partida do evento.
Este ano não se esperam ameaças terroristas, mas podem verificar-se manifestações de agricultores e de outros sectores da população.
A organização receia o comportamento dos espectadores que podem aproximar-se demasiado dos veículos. Em cada etapa vão estar mais de dois mil agentes de segurança.
Um avião Hércules e dois Fokker da Força Aérea vão transportar quase 500 pessoas para os acampamentos. Três helicópteros estarão de prevenção para eventuais salvamentos. Elementos dos serviços de Justiça também vão estar mobilizados caso se registem acidentes e os tribunais estão preparados para agilizar os processos.
"A corrida será uma grande montra para a Argentina. É mais conveniente para nós ter o Dakar do que um Grande Prémio de Fórmula 1", salientou Enrique Meyer, secretário argentino do Turismo, ao jornal diário La Nación. in DN


Soares Franco alega motivos pessoais e incapacidadepara persuadir sócios do Sporting a aprovarem projecto.

Felipe Soares Franco anunciou esta quinta-feira que não se recanditará à presidência do Sporting. Motivos pessoais e a percepção que não conseguirira convencer os associados a aprovarem o projecto de renovação estão na base da decisão.
" É absolutamente verdade que não pretendo recandidatar-me à presidência do Sporting". Esta foi a primeira frase do dirigente durante a "Grande entrevista" da RTP 1, conduzida por Judite de Sousa, e que contraria os recentes ecos emergentes do emblema de Alvalade, que apontavam a participação nas eleições de Junho.
O envolvimento num amplo projecto empresarial e a crise financeira mundial integram o leque de motivos extra-clube enunciados pelo responsável. Banca que que Soares Franco reconsidere. Os parceiros na reestruturação financeira dos leões vão tentar convencer Soares Franco a não se afastar do projecto. Ernesto Ferreira da Silva e José Eduardo Bettencourt são alternativas que também agradam ao BES. Menezes Rodrigues disposto a ser o candidato da continuidade. Rogério Alves vai marcar eleições para Maio/Junho. Os parceiros financeiros do Sporting, (BES e Millenniumbcp) vão ter uma palavra determinante na escolha do sucessor de Filipe Soares Franco. Aliás, a decisão do presidente leonino não agradou a nenhum dos parceiros, sobretudo o BES, que segundo apurou o DN sport tudo fará para convencer o actual presidente a reconsiderar. Contactado pelo DN sport, Soares Franco garante que ainda não teve qualquer abordagem dos bancos nesse sentido, reforçando mesmo a ideia de que o "Sporting é totalmente independente do sistema bancário". in DN


Prenda de Natal custou 350 mil euros e só durou 19 dias

Inglaterra. Cristiano Ronaldo teve um acidente ao volante do novo 'Ferrari'. Cristiano Ronaldo escapou ontem de manhã ileso de um aparatoso acidente em Manchester. Ao volante do seu novo Ferrari, o extremo português perdeu o controlo do carro e embateu num muro de um túnel. O futebolista acabou por escapar sem um qualquer arranhão e poucos minutos depois já estava a treinar junto dos seus colegas, tendo ido de boleia no Bentley, de Van der Sar, o guarda-redes holandês do United, que seguia atrás de Ronaldo quando este se despistou.
A tão esperada prenda de Natal de Cristiano Ronaldo, um Ferrari 599 GTB Fiorano F1, chegou a Inglaterra no passado dia 21 de Dezembro. O bólide foi comprado em Portugal e levantado num stand da Ferrari na cidade do Porto, na Avenida da Boavista, soube o DN sport, e custou quase 350 mil euros. in DN

LOCAL


MD/Lena desiste do centro comercial.
O maior investimento de sempre na reabilitação urbana da cidade de Leiria está suspenso: o consórcio Multi Development / Lena Construções, vencedor do concurso público, anunciou que desiste da construção do centro comercial Fórum Leiria, arrastando, nesta decisão, o topo Norte do estádio Magalhães Pessoa, o jardim da Almuínha Grande, o pavilhão multiusos, o novo mercado municipal e o realojamento das associações cívicas e do mercado de Levante.
O projecto, no valor global de 170 milhões de euros, já tinha acumulado meses de atraso em relação à cronologia inicial, que situava a inauguração na Primavera de 2011. Isto devido ao recurso do segundo classificado, a Chamartín, actualmente a correr no Tribunal Central Administrativo Sul, depois de uma sentença de primeira instância favorável à Câmara Municipal de Leiria. E é justamente esta demora que a aliança MD/Lena apresenta como primeiro argumento: “A proposta ficou desajustada da realidade a um ponto tal que as empresas que formam o consórcio deixaram de ter interesse objectivo na respectiva execução”, lê-se no comunicado emitido segunda-feira.
A crise. O segundo argumento é de natureza económica. A crise tornou o financiamento mais caro e arrefeceu as previsões de retorno. “O desajustamento da proposta é agravado pelas muitíssimo adversas condições económicas e financeiras que marcam a conjuntura nacional e internacional. Essas condições vêm tendo um impacto vincadamente negativo nos sectores imobiliário e bancário e prejudicam a estratégia de financiamento com capitais próprios e alheios e, a jusante, a estratégia comercial agregada à (futura) unidade comercial de dimensão relevante”, refere o comunicado.
Para esta desvinculação, numa carta enviada à autarquia, o consórcio cita o Decreto-Lei 59/99, lembrando que “há muito expirou o prazo legal de 132 dias findo o qual, caso não tenha sido outorgada a adjudicação, pode recusar-se a fazê-lo posteriormente”.
Abrangendo uma área de 195 mil m2 entre o Maringá e o Magalhães Pessoa, o projecto do Fórum valia 2.300 empregos e prometia uma revolução verde junto ao rio, com 65 mil m2 de relvados no coração da cidade, além do shopping (hipermercado e 120 a 140 lojas).
O consórcio MD/Lena, uma semana depois de desistir do projecto, anunciou que está disponível para participar num novo concurso visando a construção de um centro comercial.
Se a Câmara Municipal de Leiria exigir um quadro de contrapartidas diferente, no âmbito de um novo concurso, “ambas as empresas avaliarão o caderno de encargos e, se decidirem concorrer, considerarão voltar a constituir um consórcio”, disse fonte oficial da MD/Lena.
O projecto Fórum Leiria, um investimento de 170 milhões de euros, previa, como contrapartidas obrigatórias, a conclusão do topo Norte do estádio Magalhães Pessoa, o realojamento das associações cívicas e a construção do pavilhão multiusos, do novo mercado municipal e do jardim da Almuínha. in REGIÃO DE LEIRIA

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