domingo, 18 de maio de 2008

Semana de 12 Maio a 18 de Maio de 2008


INTERNACIONAL: Sismo deixou cinco milhões sem abrigo. As autoridades chinesas anunciaram ontem que, pelo menos, cinco milhões de pessoas perderam as suas casas e outras 22 069 morreram em resultado do sismo de segunda-feira na província de Sichuan. Este novo balanço oficial, que coloca perto dos 159 mil o número de feridos, encontra-se ainda longe do total de vítimas, reconheceram ontem responsáveis provinciais. O vice-governador de Sichuan, Li Chengyun, admitiu que só à medida que as equipas de socorro estão a chegar aos locais isolados, a dimensão da tragédia se torna evidente. Um dos aspectos em que esta assume proporções tremendas é no número de escolas que ruíram em consequência do sismo: quase sete mil. Raros foram os estabelecimentos de ensino que permaneceram de pé ou não sofreram danos graves nas localidades mais afectadas. O facto levou o Governo a anunciar um inquérito e prometer punições severas, caso não tenham sido respeitadas as normas de construção e segurança. O sismo revelou a existência de sérias falhas nos edifícios da província, registando a agência Nova China o desmoronamento de mais de 200 mil casas e danos graves em quatro milhões. A província de Sichuan está a ser visitada pelo Presidente Hu Jintao, que classificou como cruciais o dia de ontem e o de hoje para serem encontradas pessoas ainda com vida. Ontem, Hu esteve numa das cidades mais duramente atingidas pelo sismo, Mianyang, onde está confirmada a morte de oito mil habitantes. Sichuan continua a ser afectada por réplicas, tendo ontem sucedido uma particularmente intensa, que originou mais desabamentos de casas e voltou a espalhar destroços sobre áreas anteriormente desimpedidas. A dimensão da tragédia pode ser aferida não só pelos meios mobilizados, mas pelo significativo facto de, após ter declinado inicialmente a ajuda de equipas estrangeiras, a China deixou ontem entrar socorristas provenientes do Japão, da Coreia do Sul, da Rússia e de Singapura. in DN


NACIONAL: Chávez com o "amigo" e "irmão" no meio do nada. À chegada, o que mais surpreende é o cheiro intenso a combustível, embora o poço de Guarico, na faixa do Orinoco, ainda não esteja a produzir petróleo. O que se passou seria impensável em Portugal - uma grande área de terreno foi regada com gasóleo, para impedir que a poeira dos helicópteros incomodasse os ilustres visitantes, o primeiro-ministro de Portugal e o Presidente da Venezuela. É que, na Venezuela, a gasolina é bem mais barata que a água - custa cerca de três cêntimos por litro. Ou seja, com o preço de um litro de gasolina (1,45 euros) que se paga em Portugal enche-se um depósito na Venezuela. Face à abundância desta riqueza nacional, o Presidente Chávez faz acordos que aos olhos dos portugueses podem parecer estranhos, como trocar petróleo por esparguete e leite em pó. As reservas de petróleo da Venezuela chegaram este trimestre aos 130 mil milhões de barris. Em 2009, espera-se que as reservas atinjam os 320 mil milhões de barris. Para Sócrates, estes passos mostram que Portugal está disponível para "trabalhar uma cooperação económica que honre a amizade entre os dois povos e que sirva o desenvolvimento económico dos dois países". Para isso, conta também com a comunidade portuguesa na Venezuela, cerca de 600 mil emigrantes. in DN


LOCAL: Duas regiões que se aproximam. A viagem entre Leiria e Figueira da Foz feita pela A17 vai demorar aproximadamente 25 minutos, ao contrário dos actuais 50 que o percurso pela estrada nacional 109 exige. Beber um copo numa esplanada com vista para a praia, saindo da cidade do Lis, passa a ser mais rápido do que chegar a Tomar, por exemplo, e não muito diferente do que dar um salto a Ourém. Este é talvez um dos melhores exemplos de como a abertura do lanço final da A17, entre Louriçal e Mira, aproxima decisivamente duas regiões: Leiria e a Bairrada ficam com uma ligação directa de privilégio. Pedro Machado, presidente da Região de Turismo do Centro, lembra que “as acessibilidades são uma peça-chave para o desenvolvimento turístico, porque trazem mais gente”. E refere o papel fundamental da A17 ao ajudar a abrir um eixo atlântico da Galiza a Lisboa, ao mesmo tempo que liga à A25, o corredor que segue até Madrid. De um lado, Leiria e o seu castelo, as praias de Vieira, Pedrógão, S. Pedro, Nazaré, o golf no Oeste com a vila de Óbidos, Fátima e os mosteiros de Alcobaça e Batalha. Do outro, a Ria de Aveiro, a reserva natural das dunas de S. Jacinto, os areais de Mira e da Tocha, os esteiros de Estarreja, o conjunto histórico da Vista Alegre em Ílhavo, os campos de arroz em Oliveira do Bairro, a arte xávega em Ovar, o Santuário de Nossa Senhora de Vagos, o vinho e a gastronomia da Bairrada. in REGIÃO LEIRIA


DESPORTO: Leões repetem triunfo na taça de Portugal. SPORTING-FC PORTO, 2-0 (Rodrigo Tiuí 110', 117'). João Moutinho estava obviamente radiante com a conquista leonina, a segunda consecutiva: "Ficamos sempre na história por ganhar a Taça e é formidável vencer duas consecutivas", começou por comentar o capitão do Sporting. "Há que dar os parabéns a todos os elementos que aqui estiveram", prosseguiu, considerando que "a arbitragem foi justa". "Criámos várias situações de golo, poderíamos ter marcado mais mas, felizmente, conseguimos os suficientes para vencer", disse ainda Moutinho. in RECORD

ECONOMIA: 15.º aumento desde Janeiro, Gasolina e gasóleo subiram. Segundo o presidente da ANAREC, Augusto Cymbron, hoje às 00h00, o preço do gasóleo passará dos actuais 1,339 euros para os 1,369 euros e a gasolina sem chumbo 95 passa dos 1,449 euros, para os 1,479 euros. O responsável considera assim «escandaloso» que as gasolineiras insistam em aumentar o preço dos combustíveis, numa «especulação pura» do mercado, remetendo para o lucro reportado no primeiro trimestre pelas principais empresas do sector. «Olha-se por exemplo para o resultado da BP no 1º trimestre, que obteve um lucro 63 por cento superior ao de igual trimestre do ano passado, e percebe-se. Como é que podem continuar a argumentar que os aumentos do combustível são motivados pela alta do petróleo» , questionou. in SOL

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